Citação do dia


sábado, 28 de fevereiro de 2009

OPINIÃO - A Pena de Morte


Em minha opinião, a pena de morte é um acto desprezível. As pessoas que são condenadas à morte é porque cometem actos imperdoáveis, logo deviam sofrer até morrer. A morte acabaria com o seu sofrimento, para eles seria um alívio, até porque não teriam de se sentir culpados.

Às vezes, os condenados à pena de morte são inocentes, como aconteceu no Irão, em que 20 pessoas foram condenadas apenas por serem homossexuais. A pena de morte é proibida na maioria dos países, contudo ainda acontece principalmente nos países chamados de Terceiro Mundo que mantêm as ideias dos seus antepassados não evoluindo as suas mentalidades e passam-nas às futuras gerações.

Em 2005, na China, tiveram lugar 1770 execuções.

A pena de morte, por vezes, pode ser uma mais valia, pois há presos que fogem das prisões e não há motivos suficientes que assegurem que os assassinos em série, ou muito perigosos, como os psicopatas, não fujam e não voltem a fazer o mesmo. Por vezes, não há redenção possível, nem com sessões de ajuda a quem se quisesse tratar de disturbios de personalidade com instintos criminosos. Mesmo assim, na minha opinião, a pena de morte não devia existir. Os que cometem crimes graves, sem perdão, deveriam ficar vivos e fechados numa cela o resto das suas vidas, para pensar nos seus crimes e sentir pelo menos um bocadinho da dor que provocou a outras pessoas, principalmente vítima e familiares.
Bárbara De Marco
9ºC

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cartoon

Mestre Gil, com a sua obra, continua a inspirar-nos a fazer crítica social com bom humor. Fazendo-nos olhar para os nossos próprios defeitos, ele relembra-nos os valores essenciais que devemos guardar como seres humanos, o bem, a justiça, os bons costumes, os valores de cidadania.

Aqui não seria necessário argumentar em nossa defesa.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mais umas cartinhas de amor... Que padre tão namorado...

Mosteiro dos Jerónimos, 12 de Março do ano da graça de 1517

Querida Florença
As saudades apertam, sem ti tudo é triste e feio. Se eu não fosse tão forte como já te mostrei, neste momento, poderia estar a morrer das tantas saudades que me fazes... minha perdição. Preciso que venhas ter comigo hoje ao Mosteiro dos Jerónimos, não te obrigo, estou só a dizer o melhor para nós, minha cordeirinha. Estou tão sozinho e tenho tantas saudades daqueles calores que me causas, daqueles miminhos que me dás e a maneira como me falas... Deo gratias! Saudades das danças e dos cânticos. Deo gratias meu amor, que não vivo sem ti! Ainda bem que falta pouco para o nosso encontro habitual. Quando vieres, traz-me aquele hábito de festa que está dentro do roupeiro, para estar bonito para ti. Traz também os nossos brinquedos preferidos, potezinho de mel, e aquela tua amiga, a do lenço vermelho, podes trazê-la contigo. Não te troco por ela, pois és a mulher da minha vida, mas Deo gratias, ela faz uns cozinhados!! Dix! Por falar em comida, traz-me uns doces, não como nada com jeito há umas horas. Como me fazes falta Florença. Per ti faço tudo. Com todo o meu amor. Beijinhos.


Frade Brabielzinho

Catarina Oliveira, Diana, 9ºC


Mosteiro 13.Fevereiro.1517

Minha querida Florença
Quando vos vi, pela primeira vez, o meu coração ficou imediatamente apaixonado, por vós minha bela donzela.
Lá estáveis sentada na plateia a assistir àquele duelo, no qual se iria decidir a minha entrada, ou não, no grupo de esgrima de El-rei.
Relembro quando começámos a namorar, minha linda Florença e aí senti-me um completo adolescente, ensandeci, esqueci-me do Pai Nosso, e mesmo depois de tantas missas rezadas, já quase que nem sabia o que isso era.
Há muito tempo que estamos juntos. Têm sido os melhores anos da minha vida. Convosco ao meu lado, sinto-me o homem mais feliz do mundo.
Fazeis-me muita falta. Tenho muitas saudades vossas.
Desde que a Brisida Vaz levou daqui a sua casa movediça, nunca mais haveis regressado. Voltai para mim, meu amor.
Tenho saudades de quando nos víamos todos os dias, de quando namorávamos…Ai que saudades que eu tenho das nossas aventuras! Sou Frade, mas acima de tudo sou homem.
Espero o vosso regresso em breve para estar convosco minha amada.

Aqui me despeço de vós minha adorada Florença
Beijinhos cheios de saudades

O teu Fradinho


Ana Rita Ferreira
Diogo Mendes
9ºE
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Lisboa, 2 de Junho de 1517

Minha amada Florença,

Minha querida, estou cheio de saudades vossas.
Espero que não estejais chateada comigo por vos ter deixado “pendurada” junto às escadas das traseiras do convento, mas por incrível que pareça tive uma aula muito importante de esgrima.
Sabei que sou uma pessoa muito ocupada e concorrida e às vezes não tenho tempo para vós…
Espero que acrediteis em mim porque vos sou eternamente fiel.
Quando tiver um tempinho para vós irei ter convosco e beijar os vossos lábios deliciosos.
Até lá esperai por mim!

Ficai bem e um bem haja!

Deste vosso fiel frade


Daniela Antunes Marquês
9ºE

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ai de mim... Monólogo de Brisída Vaz



Aqui estou, condenada às chamas infernais, apenas por ter lutado para sobreviver. Há mais de vinte anos, quando o meu marido morreu e eu me vi sozinha e sem dinheiro, tive de mudar de vida. Recolhi estas raparigas que viviam na miséria e sem terem o que comer, ajudei-as, meti-as a trabalhar para mim. A minha casa era muito bem frequentada e muitas delas saiam de lá casadas com homens ricos que iam lá procurar prazer. As mais jovens e mais bonitas eram as preferidas dos elementos do clero, que pagavam bom dinheiro por elas. Havia moças de todas as classes, todas acharam dono graças a mim. Encaminhei-as ... eu não fiz mal a ninguém, aliás, até ajudei muita gente, não percebo porque é que vim aqui parar. É certo que pregava as minhas petas, fazia algumas mezinhas e encantamentos para as minhas clientes... mas nada de mais. Tenho algumas joias valiosas, graças aos meus fiéis clientes, eu nunca roubei nada... eram eles que me ofereciam...

E os açoites que levava? As humilhações sofridas? Pobre de mim!! Ai as saudades que eu tenho do meu marido, pensei que depois de morrer o iria encontrar de novo, mas ele não está aqui, neste fogo ardente. Queria-lhe pedir desculpa pelos erros que cometi em vida, depois de ele morrer. Pobre homem! Tanto que o amei e depois de o perder tanto que sofri.

Agora só me resta aguentar, estou condenada, aqui neste inferno que não é pior que inferno que foi a minha vida.



Brisída, condenada e arrependida

Ana Sofia Oliveira, 9ºC

Livro das Cartas de Reclamação ao sapateiro Joanantão

Rui Castela
Rua 25 de Abril, 9

Joanantão
Rua Do ouro


Lisboa, 13 de Junho de 1517

No passado 30 de Maio, fui ao local acima referido, deixar uns sapatos para arranjar. Após alguns dias fui à loja e disseram-me que os sapatos estavam prontos e trouxe-os no momento. Fiquei espantadíssimo com o preço, pois este era muito elevado, mas pensei que o senhor teria feito um bom trabalho.
No entanto, quando cheguei a casa, os sapatos estavam descolados.
Perante este facto, fui imediatamente à loja e exigi uma reparação dos sapatos desta vez sem custos.
Sete dias depois, foram entregues em minha casa os sapatos bem colados e sem custos.
Quando pensava que o assunto estava encerrado espantei-me quando, no fim de lavar os sapatos, estes começaram a mudar de cor.
Por todos estes motivos acima referidos, venho por este meio solicitar que me seja devolvido todo o dinheiro, ou então que me sejam entregues uns sapatos novos sem custos.
Cumprimentos
Rui Castela
André Silva e David Paulino - 9º C
Margarida Bezerra
Rua das Flores Nº35
Lisboa

Loja “ O Sapato Bicudo”
Rua do Comércio
Lisboa

Exmo. Senhor Joanantão





Eu Margarida Bezerra, moradora na Rua das Flores Nº35, venho por este meio reclamar um dos serviços que exerceu para mim.
No dia 7 de Dezembro de 1517, por volta das 4.00H da tarde, dirigi-me ao seu estabelecimento, para me arranjar um par de sapatos castanhos, que estavam rotos. Quando lá voltei, no dia 11 de Dezembro, por volta das 6.00h da tarde, fui atendido pela sua empregada, Carlota Maria, que foi muito desagradável comigo. Depois, verifiquei que os sapatos continuavam rotos e que estavam cheios de manchas de lixívia.
Assim sendo, agradecia que me reparasse os sapatos, de forma a retirar as manchas e remendá-los, ou então devolva-me o dinheiro que paguei pelo arranjo dos sapatos.
Agradeço uma resolução rápida do assunto.


Margarida Bezerra




Filipa Mendes. 9ºC



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Joaquina Uva

Rua Augusta

Lixboa


Sapateiro Joanantão

Rua do Comércio

Lixboa

Exmo Senhor Joanantão


Eu, Joaquina Uva, moradora na Rua Augusta, venho por este meio reclamar da seguinte situação:
Há dois dias, desloquei-me à sua loja para comprar um par de sapatos. Fui atendida por um dos seus funcionários que me falou agressivamente, não me ajudou a procurar o que pretendia, além disso, a conta que me apresentou revelava um valor diferente ao estipulado na tabela afixada e quando cheguei a casa e os calcei, verifiquei que o número dos sapatos que me entregou não era o que tinha pedido, aliás era dois números abaixo. O prejuízo foi elevado pois gastei mais de metade do meu dinheiro não restando quase nada para comer e tenho de andar descalça.
Assim, exijo que me troquem os sapatos ou que me devolvam o dinheiro que paguei.
Espero, da sua parte, uma resolução rápida deste assunto .

Cumprimentos.

Joaquina Uva



Bárbara de Marco, 9ºC


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Diogo Pereira
Rua Principal, 10
Lixbõa


Juane Antão, LDA
Rua dos sapateiros, 44
Lixbõa


Lixbõa, 19 de Fevereiro de 1517


Assunto: Sapatos mal arranjados

Exmo. Senhor Juane Antão


Venho por este meio informar que no dia 14 de Fevereiro dirige-me ao seu estabelecimento para comprar uns sapatos, que de início, aparentemente, pareciam estar em boas condições, mas quando os experimentei pela primeira vez em casa o tacão do sapato esquerdo partiu-se.
Já me dirigi ao seu estabelecimento e o seu funcionário, teve um comportamento inapropriado e mal educado sem razão para essa atitude.
Por esta razão exijo a troca do sapato ou o arranjo do mesmo.
Diogo Pereira



Aires Pereira e João Nascimento - 9ºE
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Hermano Venâncio
Rua dos Olivais
Lixboa

Sapateiro Joanantão
Rua do Ouro
Lixboa

Exmo. Senhor Joanantão, proprietário da sapataria Antão,

Venho, por este meio, reclamar que no passado dia 2 de Fevereiro dirigi-me ao seu estabelecimento para comprar um par de sapatos e dei-me com a seguinte situação: a sola dos sapatos que comprei rebentou passados 2 dias, os atacadores não pertenciam àquele par e o verniz saiu logo que apanharam chuva. Além disso os sapatos foram muito caros e sinto-me muito lesado.
Espero que me troquem os sapatos e que a situação não se volte a repetir.
Atenciosamente, Hermano Venâncio.

João Moita
9ºC

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Leonor Branco
Rua das Maçãs, Lisboa


Sapateiro Joanantão
Rua das Peras, Lisboa

Sapatos & Companhia LDA
22-03-1517

Exmo. Senhor…

No passado dia 17 de Março dirigi-me ao seu estabelecimento, sito na morada acima indicada, para comprar uns sapatos. Quando cheguei a casa apercebi-me de que os sapatos tinham um defeito, tinham um tacão maior que o outro.
Perante tal facto, voltei ao seu estabelecimento para comunicar o defeito e deram-me outros sapatos, mas tinham o mesmo defeito.
Proponho que me arranjem uns sapatos em perfeitas condições no prazo de uma semana, caso contrário, tenciono exigir o dinheiro de volta. Se resolverem não mo devolver dirigir-me-ei à polícia para fazer uma denúncia.

Sem outro assunto de momento,

Leonor Branco

Maria João, Patrícia, Gonçalo, 9º D

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Publicidade à Barca Infernal





Embarcai, ora embarcai nesta gentil barca!
Aqui podeis usufruir de tudo o que quereis … desde esfoliações de pele até aos magníficos banhos borbulhantes a 100º que deixarão a sua pele num mimo.
Podereis também usufruir de outros tratamentos de beleza com azeite virgem extra que deixará a sua pele magnificamente macia.
Podeis desfrutar de uma bela vista para o rio Hades enquanto sois severamente açoitados.
Entrai gentil passageiro, entrai, aqui todos bem vos serviremos com todo o gosto e dedicação!
Melhor barca que esta, nom existe!
***
Júlia António e Mónica Silva, 9º E

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As Reclamações do Fidalgo

Fidalgo D. Henrique
Masmorras do Inferno nº13

S. Pedro
Palácio do Paraíso

Assunto: Maus tratos

Exmo. S.Pedro, Guardião das Portas do Paraíso

Venho por este meio informar que fui vítima de maus tratos psicológicos por parte do vosso barqueiro, o Anjo.
A situação é a seguinte: eu, como Fidalgo de solar, achei que tinha o direito de embarcar na barca do Anjo, pois a minha posição o permite, em vez disso, fui mal tratado pelo referido Anjo, fui completamente ridicularizado, o que é uma falta de cortesia para com a minha senhoria.
Para solucionar este problema sugiro que a minha pessoa seja reenviada para o Céu, e me seja atribuída uma indemnização por danos materiais e morais. A minha roupa está chamuscada e sofro de ataques de pânico. O vosso Anjo deveria ser severamente castigado, se possível no Inferno.

Espero uma resolução rápida do problema.




Sem outro assunto de momento.
D. Henrique, Fidalgo de Solar
Pedro Abreu e Filipe Rodrigues 9º A



Lisboa, 30 de Março de 1517.


Exmo. Senhor S.Pedro, ”Superior Hierárquico” do Anjo.

Sou o Fidalgo que acabou de falecer e quis entrar na barca do Anjo para me levar para o céu. Sou de uma condição alta, vivi à custa dos privilégios e regalias que o rei me concedeu ao longo da minha vida. Vivi sempre na corte com a minha família junto do rei e participei em caçadas, banquetes e saraus…
Ao chegar à barca do Anjo fui impedido de nela entrar e de me levar até onde eu queria. Fiquei desiludido e triste.
O Anjo foi muito amável comigo, mas acusou-me de ser um tirano, de explorar os mais fracos, de ser arrogante e presunçoso, de ter má consciência religiosa e de ser vaidoso.
Perante tal facto, sinto-me lesado e prejudicado na minha condição de Nobre Senhor injustiçado e por isso, pretendo que este problema se resolva.
Proponho que me seja paga uma indemnização justa e adequada à minha condição social. Sou um Nobre Fidalgo e exijo uma indemnização de 500 reais.
Mais exijo que fale com o seu Anjo e o castigue por me ter feito tanto mal e ter “ferido” a minha honra de Nobre Senhor.
Agradeço que me informe de tal facto.
Os meus melhores comprimentos,
O Nobre Fidalgo D. Anrique


Rui Ramos - 9ºC

Fomos espreitar... o Diário da Alcoviteira

Sábado, 12 de Janeiro de 1517




Querido Diário,

Hoje a Maria Joaquina sucumbiu. Era das melhores moças que aqui tinha, a cachopa. Morreu de cagamerdeira, vê lá tu. Se isto se pega, estraga-me o negócio. Aposto que isto me vai reduzir a clientela. Estou mesmo a ver que vou ter de carregar nas outras meninas cá da casa.
Ultimamente tenho-me sentido muito sozinha. A Florença, aquela rapariga com quem falava muito, foi viver com o Frade e deixou-me sozinha. Coitadita da moça, lá arranjou um homem e finalmente converteu-se .
Ontem veio cá uma mulherzinha irritante, descobriu que o marido era cliente cá da casa e armou um escândalo aqui à porta. As mulheres cá da rua ficaram a olhar-me de lado. Aquela mulher merecia um feitiço bem mauzinho, mas infelizmente não tenho tido tempo para essas coisas.
Com a quantidade de meninas cá em casa a aumentar, tenho mais despesas, e consequentemente tenho de cobrar mais aos clientes. Eles andam a queixar-se que ficam sem dinheiro para continuar a vir cá, e eu digo-lhes que isto não é para quem quer, é para quem pode, para quem tem dinheiro!
Isto está a ficar complicado, e acho que vou ter de voltar a mudar de cidade… Tenho de começar a pensar para onde vou. As moças não vão gostar nada da ideia.

Até amanhã, querido diário

Brísida Vaz

Joana General e Mariana Prata, 9º A

Terça -Feira, 9 de Fevereiro de 1517

Querido diário,
Brísida Vaz



Hoje recebi no meu estabelecimento três cachopas que vinham da aldeia de Paio Pires. Queriam que as “convertesse”. Claro que aceitei, quantas mais melhor.
À tarde, a casa esteve cheia, não admira que o negócio corra tão bem. Os juízes estiveram aqui e parecia que não se queriam ir embora, quase que vivem cá. Vêm quase todos os dias visitar as minhas meninas… Santa paciência… depois de os aturar, espero bem que Deus me leve para o Paraíso. Amanhã é dia das inspecções comerciais. Já estou farta delas. Sempre que é dia de inspecções levo sempre tantos açoites que me custa levantar da cama. Se não fossem as minhas meninas não sei o que seria de mim. A Anabela já arranjou marido. É um homem fino que a vinha cá ver todos os dias e o casamento está para muito breve. Espero que me dê uma recompensa por cuidar dela e parece que a Maria Emília já está com um homem debaixo de olho. Se isto continuar assim, tenho que arranjar mais meninas. De resto a minha vida está a correr bem. Os novos oficiais e frades já passaram por cá e pareceu-me que a sua nova visita está para breve. Dou graças a Deus pelo negócio correr tão bem. Ainda não parei de agradecer à minha madrinha por me ter dado este negócio. Se não fosse ela, não sei onde estaria agora. No meio de tanto trabalho o que me diverte são os mexericos que se vão espalhando por aqui. Amanhã tenho de ir comprar mais virgos postiços. Não sei porque é que os mais velhos preferem as meninas por “converter”. É que é cada vez mais difícil de encontrar meninas virgens, o que me vale são os virgos postiços. Bem, tenho de me ir embora, há clientes para atender e parece que vejo os novos oficiais. E vem ai o Frade Brabiel visitar a sua amada Florença. Até à próxima.





Bárbara de Marco
9ºC

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Florença da minh'alma...

Convento, 16 de Fevereiro de 1517

Minha querida Florença, hoje não me poderei encontrar consigo, com muita pena minha, meu amor. Esta noite tenho compromissos, vou a um serão na corte com El Rei e o resto do clero. Fui convidado para um torneio de esgrima.
Cada vez andam mais desconfiados que eu ando a esconder alguma coisa, por isso temos de ter cuidado com os nossos encontros nocturnos. Mas o nosso amor prevalecerá intacto, apesar de todas as contrariedades que a vida de frade impõe. Vou ter saudades do vosso cheiro, do vosso carinho, da vossa ternura durante esta noite.
Amanhã à noite poderemos encontrar-nos nas traseiras do convento, à hora do costume.

Espero por si meu amor!
XXX

Ass: O teu amado


***
António Vieira 9º A

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Minha amada Florença...

Convento Santo, 14 de Fevereiro de 1517

Minha amada Florença,

Deo Gratias por nosso grande amor.

Sinto o coração bater quando penso naquelas noites de amor na sacristia, que me deixam louco por vós, anseio pelas quartas-feiras à tarde, na sala da catequese.

Ainda me lembro de quando me fizesteis cócegas na perna, no funeral do Fidalgo do Solar, minha marota. E pensar que vos conheci na festa de despedida de solteiro do sapateiro Joanantão, naquela casa movediça da Alcoviteira Brisida Vaz... Ela logo me disse que ereis boa mercadoria... moça roliça e fermosa ... e não se enganou. Fiquei logo enfeitiçado pelos teus olhos negros e foi amor à primeira vista, Deo Gratias!

Naquele dia em que me abraçasteis em frente do bispo, ele olhou-nos roído de ciúmes, porque a moça dele, desdentada e quase careca não vos chega aos calcanhares. Deo Gratias por vós, minha amada Florença.

Para sempre vos guardarei no meu coração, ou pelo menos até aparecer outra melhor.

Amo-vos muito minha fermosura.

Que tenhais um lindo dia dos enamorados!

Sempre vosso muito amado
Frei Brabiel
Post Scriptum - Espero-vos logo à noite no confessionário.
***
Filipa Carola, 9º D

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ESCRITA CRIATIVA...

Este é o nosso próximo projecto de escrita inspirado no texto de Gil Vicente. Têm aqui algumas propostas para dar asas à imaginação. A forma de apresentarem o trabalho à turma ficará ao vosso critério. Sejam criativos e organizados na sua apresentação.

Propostas de escrita criativa a partir de
« O Auto da barca do Inferno »

Objectivos:
Desenvolver o espírito crítico;
Desenvolver a criatividade;
Desenvolver a expressão oral e escrita;

Cartas de reclamação

- O Fidalgo acaba por embarcar na barca do Inferno. Porém, nada habituado a ser tratado da forma como o Anjo o fez, decidiu reclamar.
Imagina a carta de reclamação que terá dirigido ao “superior hierárquico” do Anjo.
- Redige a carta de reclamação de um dos clientes do sapateiro que se sentiu enganado pelo mau serviço prestado e “ pelos dinheiros mal levados.”

Entrevistas

Entrevista histórica
Imagina-te no papel de jornalista e entrevista:
- Gil Vicente.
- Uma das personagens do Auto

Notícias


- Imagina a notícia que teria saído no jornal sobre a morte do onzeneiro.
- Um frade condenado ao Inferno é digno de espanto. Redige uma notícia de tipo sensacionalista, onde relates os acontecimentos que tiveram lugar durante o julgamento.
- O corregedor e o procurador simbolizam a justiça corrupta e parcial. Imagina uma notícia que denuncie esta situação por parte das duas personagens.

Texto Publicitário

- Imagina o cartaz, o slogan e o respectivo texto argumentativo utilizado pelo Diabo para promover a sua barca.

Outras tipologias textuais…
Carta / Diário / Texto de opinião / Diálogo


- Redacção de uma carta do Frade à sua amada Florença.
A alcoviteira era acusada de roubo, lenocínio, bruxaria e burla…
- Imagina uma das páginas do seu diário.
- Continuação do diálogo entre o Corregedor e a Alcoviteira
( pág,151 do manual).
-Portugal foi um dos primeiros países a abolir a pena de morte no séc. XIX. Tens, certamente, uma opinião formada sobre a justiça ou injustiça de uma forma de castigo tão extrema. Elabora um texto no qual exprimas a tua maneira de encarar este problema apresentando os argumentos em que te baseias para tomares uma posição.

domingo, 1 de fevereiro de 2009