Os alunos do 11º ano da ESAG partiram à descoberta da beleza natural de Sintra e aprenderam a reconhecer os espaços presentes na obra "Os Maias" através de um jogo de pista.
O dia estava magnífico.
" Era uma linda manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada."
Os Maias, Cap.VIII,pp.219
"Só ao avistar o Paço descerrou os lábios:
- Sim senhor, tem cachet!
Os Maias, Cap.VIII, pp.224
"Eram duas da tarde quando os dois amigos saíram enfim do hotel, a fazer esse passeio a Seteais - que desde Lisboa tentava tanto o maestro. Na praça, defronte das lojas vazias e silenciosas, cães vadios dormiam ao sol: através das grades da cadeia, os presos pediam esmola.(...)
Os Maias, Cap.VIII,pp.231
" De vez em quando aparecia um bocado da serra, com a sua muralha de ameias correndo sobre as penedias, ou via-se o Castelo da Pena, solitário, lá no alto.
"Defronte do hotel da Lawrence, Carlos retardou o passo, mostrou-o ao Gruges.
- Tem o ar mais simpático..."
(...) o maestro declarou que preferia estar ali, ouvindo correr a água, a ver monumentos caturras...
- Sintra não são pedras velhas, nem coisas góticas... Sintra é isto, uma pouca de água, um bocado de musgo... Isto é um paraíso!...
Os Maias, Cap.VIII, pp.233
" - Vejam vocês isto!- gritou o Cruges, que parara, esperando-os. - isto é sublime.
Era apenas um bocadito de estrada, apertada entre dois velhos muros cobertos de hera, assombreada por grandes árvores entrelaçadas, que lhe faziam um toldo de folhagem aberto à luz como uma renda: no chão tremiam manchas de sol: e, na frescura e no silêncio, uma água que se não via ia fugindo e cantando."
Os Maias, Cap.VIII, pp.236
" Mas ao chegar a Seteais, Cruges teve uma desilusão diante daquele vasto terreiro coberto de erva, com o palacete ao fundo, enxovalhado, de vidraças partidas, e erguendo pomposamente sobre o arco, em pleno céu, o seu grande escudo de armas."
(...) Iam ambos caminhando por uma das alamedas laterais, verde e fresca, de uma paz religiosa, como um claustro feito de folhagem."
Os Maias, Cap.VIII, pp.237
encontraram Carlos sentado num dos bancos de pedra, fumando pensativamente a sua cigarrette. (...) do vale subia uma frescura e um grande ar; e algures, em baixo, sentia-se um prantear de um repuxo."
Os Maias, Cap.VIII, pp238
"Cruges, no entanto, encostado ao parapeito, olhava a grande planície de lavoura que se estendia em baixo, rica e bem trabalhada, repartida em quadros verde-claros e verde-escuros, que lhe faziam lembrar um pano feito de remendos assim que ele tinha na mesa do seu quarto. Tiras brancas de estrada serpeavam pelo meio(...)
O mar ficava ao fundo, numa linha unida esbatida na tenuidade difusa da bruma azulada: e por cima arredondava-se um grande azul lustroso como um belo esmalte,(...)
Os Maias, Cap.VIII, pp.239
" -Agora Cruges, filho, repara tu naquela tela sublime.
O maestro embasbacou. No vão do arco, como dentro de uma pesada moldura de pedra, brilhava, à luz rica da tarde, um quadro maravilhoso, de uma composição quase fantástica, como a ilustração de uma bela novela de cavalaria e de amor. Era no primeiro plano o terreiro, deserto e verdejando (...) e emergindo abruptamente dessa copada linha de bosque assolhado, subia no pleno resplendor do dia, destacando vigorosamente num relevo nítido sobre o fundo do céu azul-claro, o cume airoso da serra, toda cor de violeta-escura, coroada pelo palácio da Pena, romântico e solitário no alto (...)"
Os Maias, Cap.VIII, pp.241
Lindo
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