Citação do dia


quarta-feira, 4 de março de 2009

Apanhámos mais umas páginas do...Diário da Alcoviteira -

8 de Abril de 1517

Querido diário

Hoje foi um dia complicado. A D. Amélia, a mulher do senhor juiz, descobriu que o marido vem cá e decidiu avisar todas as outras mulheres para o facto dos seus maridos andarem a usufruir dos serviços das minhas moças. Esta senhora está, definitivamente, a querer estragar o meu negócio, hoje a minha casa teve muito pouca clientela e de certeza que daqui para a frente as visitas dos nossos clientes vão ser muito menos frequentes. Este grave incidente não vai só reflectir-se em termos monetários mas também na reputação da minha humilde casa.
Ai… que desgraça! Que vou eu fazer agora?
Não queria nada ter que começar a despedir algumas das minhas meninas, afinal elas não têm nada, fui eu que as acolhi e sou como uma mãe para elas.
Já estou até a pensar em fazer promoções! Sei lá, talvez entrar em época de saldos… ou então cobrar ao minuto!
Soluções não me faltam, o problema é conseguir que a minha reputação de boa alcoviteira não fique manchada…
Penso que dentro de algum tempo, quando já ninguém se lembrar do assunto, vou voltar a ter a minha clientela habitual e a casa sempre cheia.
Mas a D. Amélia não pense que se vai ficar a rir, porque quem ri por último, ri melhor! E eu hei-de vingar-me!
Assim me despeço meu querido diário!



Maria Andrade e Patrícia – 9ºA


3 de Maio, 1517


Querido diário,

Ai, diário, diário... como é difícil encarnar a minha pessoa. Que tenho eu de fazer para ajudar mais uma das minhas moças.
Não basta o negócio ir de mal a pior com esta crise e ainda por cima hoje, fui açoitada novamente, apenas por salvar mais uma alma perdida nesta triste desta vida.
Como é difícil ser Brígida Vaz, fazer feitiços, salvar e converter as almas perdidas e sós deste mundo, conhecer as coisas mais intimas e estranhas das pessoas da altíssima realeza, andar de casa em casa para que todos os homens conheçam as minhas moças...
Ontem, naquela loja da Baixa, vi o vestido da minha vida. Custava horrores, por isso acho que esta noite tenho de fazer uma visita a tal estabelecimento.
Amanhã escrever-te-ei a contar como foi aquela aventura, como faço sempre.
As meninas estão chamando por mim, parece que há falta de virgos postiços. Tenho de ir.
Da que te é mais real, um beijo de boa noite.



Marta Trincão e Sara Godinho - 9ºA

14 de Maio

Querido diário…


…para a semana vou mudar de cidade, vou para Vila Real, porque nesta cidade todos já conhecem os meus serviços. Nesta cidade, já ando a ser perseguida pela justiça e por pessoas descontentes com os meus serviços.
Ainda hoje recebi uma ameaça de morte por ter servido mal um freguês que pediu os meus serviços e eu não o quis servir porque era um sem abrigo e não tinha dinheiro para me pagar. O negócio continua muito mal.
Vou ter de levar as minhas coisas comigo: os meus seiscentos virgos postiços, as minhas arcas, os meus almarios, os meus cofres de enleos, os meus furtos alheios e o guarda-roupa d’encobrir, e já para não falar das minhas meninas, apesar de algumas já terem arranjado pretendentes.
Ultimamente têm surgido mais raparigas para vir trabalhar comigo.
Vou ver se consigo montar o negócio lá para cima, é que parece que lá, a clientela é mais e melhor.
Eu vou continuando a converter raparigas e a dar-lhes donos para ver se não fica nenhuma sozinha. Apesar de não ser um negócio muito rentável vou continuar a ganhar dinheiro.
Até amanhã



Daniel Vieira , João Maria Bismark do Agro, Pedro Gonçalves - 9º A

Sem comentários:

Enviar um comentário